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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Endometriose: o que é e como tratar

Apesar de a doença ser a causa mais comum de infertilidade, é possível, sim, a mulher engravidar. Confira

Marcio Nunes

No capítulo de quarta-feira (9) da novela Insensato Coração, da rede Globo, Carol, a personagem interpretada pela atriz Camila Pitanga, conta a André (Lázaro Ramos) que não pode ter filho porque sofre de endometriose. O drama mostrado na ficção acontece na vida real muito mais do que se imagina. Estima-se que entre 15% e 20% das mulheres de todo o mundo sofram com a doença e, dessas, 80% costumam ter problemas para ser tornarem mães. 

A veterinária Caroline Alvarenga Poleze, 33 anos, passou mais de um ano tentando engravidar até que resolveu investigar. Por sua insistência, pediu ao médico que fizesse exames e o resultado de um de sangue chamado CA125, que detecta a doença, confirmou que ela tinha endometriose. 

A doença surge quando o endométrio (tecido que reveste o útero e é eliminado na menstruação) se fixa em órgãos como ovários, ligamentos abdominais e pélvicos ou a bexiga. Cólicas muito fortes (durante ou após o período menstrual) e incômodo durante a relação sexual, além da dificuldade para engravidar, são sintomas que podem caracterizar a doença. 

Geralmente, a endometriose é descoberta por volta dos 30 anos ou justamente quando a mulher começa a pensar na primeira gestação. "Apesar da dor ser comum [e as cólicas fortes eram uma queixa frequente de Caroline], essa doença também pode ser assintomática. Por isso, a mulher geralmente descobre neste momento", diz Yong Joo, ginecologista do Hospital São Camilo. 

A partir do diagnóstico, a veterinária se submeteu a uma videolaparoscopia. Durante o exame, é possível observar os órgãos internos e verificar se há nódulos de endométrio fora do lugar. Esse é exatamente o procedimento que os médicos recomendam para controlar e curar o problema. Quando a paciente recebe o diagnóstico na fase inicial, ela deve primeiro fazer a cirurgia e depois o tratamento. 

Após a cirurgia e a retirada dos focos da endometriose, a veterinária tomou uma injeção que inibe a menstruação. Durante nove meses sem fluxo, sentiu alguns sintomas de quem entra na menopausa, como calor e irritabilidade. Nesse período, por causa da medicação, ela também não podia engravidar. Por meio da comunidade Endoamigas no Orkut, que discute a doença, conheceu um médico especialista no tema e partiu para novos exames. Um deles, a ressonância magnética, detectou que a endometriose ainda existia e seria necessária uma cirurgia no intestino por causa da aderência nesse órgão provocada pela doença. 

Para os médicos, a chance de Caroline se tornar mãe era pequena e a saída seria a inseminação artificial. “Já tinha comprado todos os medicamentos e estava aguardando o próximo fluxo para o procedimento. E nada de menstruar. Decidi, então, fazer um exame e descobri que estava grávida”, disse. Carol está na 15a semana de gestação e aguarda, em repouso, o nascimento de Enzo, previsto para julho. Na ficção, tudo indica que a outra Carol também terá um final feliz. 
Outras formas de tratamento
Especialistas europeus e norte-americanos estão repensando a necessidade da operação em pacientes com endometriose, desde que ela esteja em fase inicial e não cause dor. Em vez da cirurgia, mulheres com infertilidade causada pelo problema, por exemplo, poderiam tentar direto a reprodução assistida. 


Outros métodos disponíveis são à base de hormônios e, em alguns casos, a retirada do útero e dos ovários também é uma opção. Por mais irônico que pareça, em certas ocasiões a própria gestação pode ajudar a combater o problema. "A sobrecarga de progesterona que acontece no corpo da mulher durante essa fase acaba desestimulando os focos de endometriose", afirma o ginecologista. 



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