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terça-feira, 22 de março de 2011

Relaxe... e viva menos

Afinal, crianças preocupadas têm mais chance de chegar aos 90. Essa é uma das teses provocativas levantadas por um novo estudo sobre longevidade.


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POLÊMICA 
O que explica a vida longa de idosos como os da foto? Muito trabalho, traumas e preocupações


Em setembro de 1921, uma menina inteligente chamada Patricia e seu colega John foram retirados da sala de aula em São Francisco pelo psicólogo Lewis Terman, da Universidade Stanford. Ele estava interessado em entender quais fatores contribuem para o sucesso intelectual e pediu que o professor selecionasse os melhores alunos. Recrutou 1.500 crianças. Nas décadas seguintes, Terman e seus seguidores coletaram detalhes preciosos sobre o grupo: quantidade de atividade física, amamentação, hábitos alimentares, satisfação no emprego, no casamento e na vida sexual etc. Oitenta anos depois do primeiro encontro com o psicólogo, Patricia e John viviam com saúde. Qual era o segredo deles?
Essa pergunta motivou a pesquisa dos psicólogos Howard S. Friedman e Leslie Martin, da Universidade da Califórnia. Desde os anos 90 eles investigam o destino de cada um daqueles 1.500 garotos espertos. O objetivo é entender como e por que alguns morreram precocemente enquanto outros se tornaram tataravôs. A história da pesquisa incomum que durou 80 anos e as mais recentes conclusões estão no livro The longevity project (Editora Penguin), publicado neste mês nos Estados Unidos e sem previsão de lançamento no Brasil.
Qualquer coisa que se publique sobre longevidade tem grandes chances de fazer sucesso. Uma busca rápida com essa palavra na livraria eletrônica Amazon revela que estão disponíveis 2.991 títulos. Há o manual que ensina centenas de maneiras de viver até os 100; outro que promete um ganho de 20 anos de vida; um terceiro que revela os 50 segredos das pessoas mais velhas do mundo; e mais um que promete levar o leitor à fronteira da imortalidade. Todos são baseados em conselhos genéricos e conhecidos: evitar o estresse, comer brócolis, fazer atividade física, cultivar relações sociais, ter um bom casamento.
Friedman e Leslie não recomendam nada disso. Eles desafiam o senso comum. Para viver mais é preciso evitar o estresse e as preocupações? Segundo a dupla, crianças preocupadas e menos otimistas chegaram aos 90 anos justamente porque cuidaram mais da saúde ao longo dos anos e buscaram relacionamentos mais satisfatórios. Trabalhar demais faz mal? De acordo com o livro, os sujeitos mais produtivos e comprometidos com o trabalho foram os que viveram mais. Casar prolonga a vida? Isso foi verdade apenas para os homens que eram felizes no casamento. Eles viveram mais que os separados. Para o sexo feminino, o casamento feliz não teve impacto sobre a longevidade. Mulheres satisfeitas com o marido viveram tanto quanto as divorciadas ou as viúvas (leia outras conclusões no quadro abaixo).
   Reprodução

“Nossa sociedade gasta uma fortuna com dietas da moda, remédios e outras soluções passageiras que podem ajudar, mas trazem pouco ou nenhum benefício quando o objetivo é prolongar a vida”, diz Friedman. Segundo ele, uma conjunção de fatores explica a longevidade de alguns dos participantes. “A personalidade, a trajetória profissional e a vida social provaram-se altamente relevantes para a saúde a longo prazo”, afirma. Em outras palavras: para viver mais é preciso ser preocupado sem ser neurótico (teste sua personalidade no quadro abaixo), ter um trabalho instigante e desafiador, manter um bom casamento e ter amigos. Poucos e bons amigos são suficientes. Ser popular não fez ninguém ganhar anos de vida.



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