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quarta-feira, 2 de março de 2011

11 coisas sobre febre

O sintoma é causado por infecções, viroses e inflamações. Veja as respostas para as dúvidas mais comuns.


 Shutterstock

Você fica apavorada toda vez que coloca a mão na testa do seu filho e percebe que atemperatura dele está elevada? Calma. É importante também prestar atenção a outros sintomas que podem aparecer. De acordo com relatório publicado na revista científica Pediatrics, da Associação Americana de Pediatria, os pais devem prestar atenção a outros sintomas antes de medicá-lo. Como assim deixar a febre baixar sozinha? O pediatra Cid Pinheiro, do Hospital São Luiz (SP) explica. “Se a criança estivar ativa, brincando e disposta, quando a temperatura baixa, em geral, não é nada grave. Já aquela que não se sente bem o tempo todo, fica irritada, chorosa, gemente, mesmo quando a febre cede, precisa ser cuidadosamente avaliada pelo médico”, diz.
Outro fator que chamou a atenção dos cientistas foi a dosagem dos remédios: metade dos pais costuma errar na quantidade. Por isso, se você optar pela medicação, vale lembrar que as doses devem ser medidas de acordo com peso e idade da criança.
Veja dez respostas para as dúvidas mais comuns dos pais.

O que é a febre? 
Em primeiro lugar, saiba que ela é um sintoma, e não uma doença. Essa alteração da temperatura faz com que o sistema imunológico libere substâncias para defender o organismo contra vírus e bactérias. As causas mais comuns da febre são infecção (como pneumonia, otite, gripe) ou inflamação (artrite). Ela também pode surgir se houver infecções urinária e intestinal ou viroses. É considerada febre quando a temperatura estiver acima de 37,5 ºC ao ser medida na axila. Já, ao ser medida na boca ou no reto, acima de 37,3 ºC. 


Quais são os sinais clássicos da febre? 
A criança febril fica com o rosto vermelho, o coração acelerado, respira mais rápido que o normal, sente frio e fica abatida. As mãos e os pés ficam frios e algumas podem ter dores de cabeça e musculares. 


Qual é o melhor termômetro para medir a temperatura? 
Os de mercúrio são os mais fiéis, mas há risco de quebrar e vazar o material tóxico. Além disso, é preciso esperar, no mínimo, três minutos para verificar a temperatura. Nesse caso, os digitais são mais recomendados, mas nem sempre eles são precisos. Há também os de ouvido, que, em geral, são precisos, mas os pais devem saber usa-los corretamente. 


Quando é necessário medicar? 
Se a temperatura estiver acima de 37,8 ºC e sempre com a orientação médica. O importante é o estado físico do seu filho. “Há crianças que com 37,6oC já ficam abatidas e com mal-estar. Nesses casos, não há por que esperar subir mais para medica-la”, diz Cid. 


Em até quanto tempo a temperatura deve baixar após a medicação? 
Normalmente, é preciso esperar de 30 a 40 minutos para a temperatura diminuir. E o principal objetivo não é fazer a temperatura voltar a 36,5 ºC (normal), e sim aliviar o mal-estar da criança. 


E se a temperatura subir antes do horário de oferecer o antitérmico novamente? 
Em primeiro lugar, fale com o pediatra para que seu filho seja avaliado. Em algumas situações é possível alternar antitérmicos com diferentes composições a cada três horas. As compressas e banhos mornos (nunca frios!) também são coadjuvantes para baixar a temperatura. Nunca dê banho com água e álcool, nem faça compressas com álcool, pois há risco de a criança inalar essa substância e ter uma reação alérgica. 


Quando há risco de uma convulsão? 
A crise convulsiva da febre surge quando a temperatura sobe rapidamente e acontece quando a criança tem em torno de 6 meses a 6 anos. Entre as características estão o tremor e rigidez de braços e pernas. 

Em geral, a crise dura de 1 a 2 minutos (uma eternidade para os pais) e normalmente não traz seqüelas. Nessa hora, além da calma, é preciso deixa a criança confortável, deitada e com a cabeça um pouco elevada, para facilitar a respiração. Se durar mais que esse período, ela deve ser levada ao pronto-socorro. 

Acalme-se. Esse tipo de problema acontece em um número pequeno de pessoas e apenas uma única vez na vida. Além disso, é preciso haver uma predisposição genética. Se você souber dessa predisposição, medique a criança ao perceber que ela está num processo febril. 


O que fazer se meu filho não quiser comer enquanto está com febre? 
Não insista. A atenção deve ser grande na hidratação. A criança pode desidratar não somente por causa da febre, mas porque continua perdendo líquidos, como o xixi. Nesse caso, ofereça sucos, água ou leite, em pequenas quantidades e várias vezes no dia. 


Devo medicar meu filho antes de levá-lo ao pediatra? 
Sim. O antitérmico não vai mascarar a doença da criança e vai facilitar a avaliação do especialista. 


Há como prevenir a febre? 
Não. Mas há como evitar algumas doenças que podem elevar a temperatura corporal. Por isso, é fundamental manter o calendário de vacinação em dia. 

Qual o melhor jeito de medicar a criança?
A melhor solução é pedir ao pediatra para fazer a prescrição em mililitros e usar uma seringa ou um copo dosador para medir com exatidão a dose do remédio. Você também pode comprar os medidores em uma farmácia. Evite usar colheres para aplicação, pois não é uma maneira confiável. No caso de medicamentos em gotas, nunca pingue diretamente na boca da criança porque sempre vai cair uma gota a mais e, de gota em gota, o organismo pode se intoxicar.


Quando a febre é grave
No caso de crianças menores de 6 meses, convém não esperar. Bebês com menos de 3 meses de idade - com uma temperatura superior a 38 ºC - devem ser levados com urgência ao médico, assim como crianças entre 3 e 6 meses, com febre superior a 39 ºC.


Fonte: Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz (SP); A Saúde de Nossos Filhos, Hospital Israelita Albert Einstein

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